ATA DA TRIGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO SOLENE DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 22-8-2000.

 


Aos vinte e dois dias do mês de agosto do ano dois mil reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezenove horas e trinta e seis minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Sérgio Juarez Kaminski, nos termos do Projeto de Resolução nº 016/00 (Processo nº 0867/00), de autoria do Vereador João Bosco Vaz. Compuseram a MESA: o Vereador Reginaldo Pujol, presidindo os trabalhos; o Engenheiro Romano Tadeu Botin, Presidente da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul; o Engenheiro Paulo Amaral, Presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil - SINDUSCON; o Senhor Zélio Hocsman, Presidente em exercício da Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul – FEDERASUL; o Senhor Eduardo Dias, Presidente da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas; o Senhor Martin Doege, Pastor da Igreja Luterana Cristo; o Senhor Telmo Kruse, representante do Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre; o Senhor Sérgio Juarez Kaminski, Homenageado; o Vereador João Bosco Vaz, na ocasião, Secretário “ad hoc”. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem o Hino Nacional Brasileiro, interpretado pelo cantor Vitor Hugo e, após, concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador João Bosco Vaz, em nome das Bancadas do PDT, PT, PSDB, PSB, PPS e PFL, discorreu sobre aspectos atinentes à vida pessoal e às atividades profissionais desenvolvidas pelo Homenageado, destacando a atuação social desempenhada pelo Senhor Sérgio Juarez Kaminski junto à comunidade porto-alegrense e reportando-se à participação de Sua Senhoria na construção do Palácio Aloísio Filho. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou as presenças dos Senhores Antônio Pires, Hermenegildo Frasão, Jacques Machado e Hilda Maria Fifa Machado. do Suplente Alberto Moesch, de integrantes da Associação das Entidades Recreativas, Culturais e Carnavalescas de Porto Alegre e do Estado do Rio Grande do Sul - AECPARS e de Rotary Clubes de Porto Alegre. A seguir, foi dada continuidade às manifestações dos Senhores Vereadores. O Vereador Elói Guimarães, em nome da Bancada do PTB, salientou a justeza da concessão do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Sérgio Juarez Kaminski, abordando aspectos relativos à atuação empresarial desenvolvida por Sua Senhoria e afirmando que a presente homenagem representa o reconhecimento da Cidade de Porto Alegre à qualidade e a dedicação sempre demonstradas pelo Homenageado no desempenho de seu trabalho. Na oportunidade, o Vereador Reginaldo Pujol, na presidência dos trabalhos, registrou as presenças das Senhoras Celita, Paula, Vanessa, Michele e Vivian Kaminski, respectivamente mãe, esposa e filhas do Homenageado e, logo após, solicitou ao Vereador Elói Guimarães que assumisse a direção dos trabalhos da presente Sessão. Em prosseguimento, foi dada continuidade às manifestações dos Senhores Vereadores. O Vereador João Carlos Nedel, em nome da Bancada do PPB, saudou o Senhor Sérgio Juarez Kaminski pelo recebimento do Título Honorífico de Cidadão Emérito, referindo-se à participação do Homenageado como integrante da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas e da Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul – FEDERASUL. O Vereador Fernando Záchia, em nome da Bancada do PMDB, comentou aspectos atinentes à atuação do Senhor Sérgio Juarez Kaminski no ramo da engenharia civil, reportando-se à competência sempre demonstrada por Sua Senhoria ao longo de sua trajetória profissional e mencionando a aprovação unânime, por este Legislativo, do Projeto de Resolução que concedeu a presente honraria ao Homenageado. Em continuidade, o Senhor Presidente convidou o Vereador João Bosco Vaz e as Senhoras Celita, Paula, Vanessa, Michele e Vivian Kaminski a procederem à entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Sérgio Juarez Kaminski, concedendo a palavra ao Homenageado, que agradeceu o Título recebido. Após, o Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem o Hino Rio-Grandense, interpretado pelo cantor Vitor Hugo e, nada mais havendo a tratar, agradeceu a presença de todos e declarou encerrados os trabalhos às vinte horas e cinqüenta e três minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Reginaldo Pujol e Elói Guimarães e secretariados pelo Vereador João Bosco Vaz, como Secretário “ad hoc”. Do que eu, João Bosco Vaz, Secretário "ad hoc", determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Estão abertos os trabalhos da 31ª Sessão Solene, destinada a homenagear, com a entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre, o Sr. Sérgio Juarez Kaminski. Convidamos para compor a Mesa o Sr. Sérgio Juarez Kaminski, nosso homenageado; Sr. Romano Tadeu Botin, Presidente da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul; Sr. Paulo Amaral, Presidente do SINDUSCON; Sr. Zélio Hocsman, Vice-Presidente da FEDERASUL, no exercício da Presidência; Sr. Eduardo Dias, Presidente da Associação de Dirigentes Cristão de Empresas; Sr. Martin Doege, Pastor da Igreja Luterana Cristo; o Sr. Telmo Kruse, Representante do Conselho dos Cidadãos Honorários de Porto Alegre.

Convidamos a todos os presentes para, em pé, cantarmos o Hino Nacional Brasileiro, que será interpretado pelo cantor Vitor Hugo.

 

(É interpretado o Hino Nacional.)

 

O Ver. João Bosco Vaz, proponente desta Sessão Solene, está com a palavra e falará em nome das Bancadas do PDT, PT, PSDB, PSB, PPS e solicito ao orador que fale também em nome do meu Partido, o PFL, já que tive o privilégio de presidir esta homenagem, o que muito nos gratifica.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Amigos e amigas que aqui estão para abraçar o homenageado, Engº Sérgio Kaminski. Eu confesso, Kaminski, que vinha pensando o que vou falar do Kaminski engenheiro, do Kaminski lateral da várzea e do Praiano, do Kaminski solidário, do Kaminski amigo e parceiro, e decidi primeiro falar do homem, amigo dos amigos, do homem Sérgio Kaminski, chefe de família, pai, marido. Ele tem grande atuação no Lindóia, na Zona Norte, nos vários segmentos que compõem a nossa sociedade.

O Sérgio Kaminski, como eu disse antes, é amigo dos amigos e solidário. Eu tenho dito, pregado e insistido que todos nós, sem exceção, não somos ninguém, não somos nada, não vamos a lugar nenhum, sem o apoio de alguém. Isoladamente não somos nada, ou melhor, somos egoístas. A solidariedade é o que faz a vida nesta sociedade difícil em que vivemos. Quem diz que chegou a algum lugar só, isoladamente, está mentindo! Nós, repito, precisamos uns dos outros; nós temos na família, Kaminski, a maior instituição da sociedade. Nós temos na família o maior sustentáculo que podemos buscar para a nossa atuação profissional.

O Sérgio Kaminski que todos conhecem, e que por isso estão aqui prestigiando esta homenagem, embora a posição social que ostenta, embora a qualidade profissional que tem, e a qualidade pessoal, é um homem humilde, é um trabalhador dedicado, sabedor de tudo que falei há pouco, sabe que nós precisamos nos ajudar. Temos uma missão. Falei há pouco, quando entregamos o Título de Cidadão de Porto Alegre ao Dr. Brunetto, do Instituto do Câncer Infantil, que temos uma missão, a missão de servir, de sermos voluntários, de ajudar ao próximo, uma missão social, e todos que conhecem o Kaminski sabem que ele, acima de tudo, é um ser social, não um ser social por freqüentar a sociedade, mas um ser social parceiro dos necessitados, dos mais humildes, daqueles que batem à sua porta. Então, se o Kaminski chegou aonde chegou, se o Kaminski recebe, hoje, este título proposto por este Vereador, com o apoio unânime desta Casa, é porque o Kaminski, além das suas atividades pessoais, contribuiu, com suas atividades, para o desenvolvimento e crescimento de Porto Alegre. O Kaminski lateral direito, o Kaminski do Praiano, o Kaminski da várzea de Porto Alegre, o Kaminski que deixa suas atividades para conversar reminiscências da várzea com o “Tachinha”, que aqui está presente e veio abraçá-lo, com o Silvinho Aquino, que está aqui, com tantos outros que não tiveram o mesmo desenvolvimento profissional que tu tivestes, pois tu tens este dom, esta fraternidade, amor no coração, e também sabes bem conviver com estas pessoas.

O Engenheiro Sérgio Kaminski tem dado contribuições ao desenvolvimento, à beleza, ao crescimento de Porto Alegre, e é preciso que se recupere, aqui, Kaminski, algumas informações, algumas obras, que, com certeza, não poderei enumerá-las em função de serem inúmeras e importantes.

Quando propus o Título de Cidadão de Porto Alegre ao Sérgio Kaminski, pensei logo no nosso prédio da Câmara Municipal, onde o Sérgio Kaminski, como Engenheiro e com sua equipe, ainda no Governo Collares, participou desta obra. E quando eu lembro, Kaminski, do teu trabalho magnífico na Casa do Povo, lembro também do Viaduto dos Açorianos, da obra de ampliação do Estádio Olímpico do Grêmio Porto-Alegrense, do Fórum Central, do Ginásio Municipal Tesourinha, do DC Navegantes, da ampliação do Hospital Santa Rita da Santa Casa e de tantas outras grandes obras, magníficas obras que têm o suor, a dedicação, a inteligência do homem que hoje homenageamos. E não pensem os senhores e as senhoras que é apenas uma homenagem deste Vereador e dos Vereadores desta Casa, mas é uma homenagem de Porto Alegre.

Porto Alegre está resgatando, está reconhecendo a qualidade de um filho ilustre, a qualidade de um filho que muito fez e, com certeza, muito ainda fará pelo desenvolvimento da Capital dos gaúchos.

Quero, aqui, deixar um abraço a todos os senhores e senhoras que atenderam ao convite do Kaminski, que convivem com o Kaminski, que sabem quem é o Kaminski e, com certeza, todos que aqui estão assinam embaixo do que acabo de relatar sobre a figura do nosso querido homenageado. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Queremos assinalar a feliz circunstância de as nossas galerias estarem lotadas por amigos do Sérgio Kaminski, pessoas que, convidadas ou não, aqui vieram solidarizar-se e integrar-se à homenagem que estamos prestando ao Kaminski nesta data.

Vejo figuras tradicionais de Porto Alegre, como o Dr. Antônio Pires, o Hermenegildo Frasão, o Jacão e a Fifa, o Beto Moesche; entidades, como a Associação das Entidades Carnavalescas, especialmente a União da Vila do IAPI; inúmeros rotarianos. Enfim, companheiros do Kaminski que aqui o acolheram no dia de hoje e que fazem desta Sessão esta festa multicolorida que observamos. Em nome da Câmara Municipal, agradecemos pela presença, e sintam-se, simbolicamente, integrantes da Mesa Diretora dos Trabalhos, tamanho é o número de pessoas prestigiosas e prestigiadas que aqui comparecem nesta noite.

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra e falará em nome do PTB.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Falar em Sérgio Kaminski talvez seja uma obra relativamente fácil, porque se trata de uma figura humana, de um homem integral que consegue ser um empresário, um engenheiro de alta qualificação, um homem simples que, em domingos ensolarados, gosta de jogar futebol, de preferência na Vila do IAPI, no campo do Alim Pedro. Presidente do Lindóia Tênis Clube, e estão aqui ex-presidentes - não vou mencionar nomes para não deixar algum de fora -, que podem, neste ato solene que a Casa realiza, testemunhar o trabalho, a luta que o Dr. Sérgio Kaminski empreendeu a frente da diretoria do Lindóia Tênis Clube, engrandecendo aquela grande entidade social da Zona Norte da Cidade e, de resto, de Porto Alegre e do Estado. Ele realizou um magnífico trabalho como homem da diretoria, presidente, colaborador permanente, hoje exercendo a Presidência do Conselho Deliberativo. Também realiza um magnífico trabalho como empresário dessa empresa altamente qualificada, sobre qual deveríamos até falar dos fundamentos, dos alicerces, das raízes, que é por onde tudo começa e nasce, ou seja, das suas fundações. É com relação a esse aspecto que nós poderíamos ver a empresa e o homem, um homem bem formado, filho de uma família tradicional da Região da Zona Norte da Cidade, sendo criado da forma mais adequada e, por isso mesmo, um homem que desponta nos meios, nas atuações onde se integra sempre de forma singular. É uma grande homenagem, João Bosco, tu, que tiveste o privilégio, a inteligência e a oportunidade, conceder este título ao Kaminski. Porto Alegre hoje, indiscutivelmente, está sendo homenageada, porque estamos homenageando alguém que tem representatividade importante para a Cidade de Porto Alegre, onde exerce as suas atividades e o faz de forma qualificada.

Sérgio, recebe esta homenagem da Casa do povo de Porto Alegre, e não vejo melhor homenagem que a desta natureza. Talvez seja um dos grandes galardões que o Município tem e que se expressa na vontade plural da Casa dos representantes do povo da Cidade de Porto Alegre. Aqui fala alguém que representa todos. Nós, Vereadores, dos mais diferentes matizes, representamos o conjunto, este mosaico ideológico que é a Cidade, a população de Porto Alegre. E é exatamente esta Cidade, na voz da sua representação, que está te homenageando e te agradecendo pela tua luta, pelo teu trabalho incansável naquelas atividades que tu empreendes. É um momento importante. Esta Sessão ganha em importância e em significação porque estamos homenageando alguém que é efetivo, que é operoso, que contribui para o desenvolvimento da Cidade de Porto Alegre no campo empresarial, no campo técnico e no campo social, porque o Sérgio, a par de sua atividade profissional à frente de sua empresa, como engenheiro qualificado que é, também se dedica às mais diferentes questões de cunho social do seu meio, da sua Porto Alegre, da sua Zona Norte, nos mais diferentes setores, sempre solícito, sempre alegre, passando esperança com a sua forma de ser, um gentleman, um cavalheiro, um homem de bem. É um orgulho termos o Sérgio como nosso amigo e amigo de todos, porque é uma pessoa extremamente solidária, agradável, saudável, é um desses homens de bem que possui a Cidade de Porto Alegre.

Sérgio, recebe, neste dia magnífico, um dia com clima de primavera, a homenagem da Cidade, do povo de Porto Alegre. Que Deus te proteja na tua luta, no teu caminho, permitindo que continues o que vens fazendo até aqui, como o vens fazendo honrada e dignamente. Esse é o nosso desejo, essa é a nossa homenagem. Está de parabéns, mais uma vez, o nosso amigo Ver. João Bosco, pela homenagem prestada, porque com essas homenagens, com esse conteúdos é que vamos formando, segmentando o caráter do homem de Porto Alegre, do homem da nossa Cidade, que está sempre à frente na luta permanente para o engrandecimento do Município.

Continua produzindo, criando, enfim, fazendo felizes os teus amigos, porque vêem em ti, efetivamente, o grande líder que és. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Ao darmos continuação aos nossos trabalhos, ressalto a presença entre nós dos familiares do Sérgio, especialmente a sua esposa Paula, as filhas Vanessa, Michele e Vivian, e, sobretudo, a sua mãe, Dona Celita Kaminski, que está conosco e a quem nós prestamos uma homenagem muito especial, porque todos nós sabemos que a verdade bíblica se comprova a toda hora: “Os frutos não caem longe da árvore.” À senhora, o nosso respeitoso e sinceros cumprimentos. (Palmas.)

Eu já falei antes que eu fui, provavelmente por ser um dos mais experientes da Casa, porque o tempo já consumiu alguns dos meus anos, distinguido por este privilégio especial de poder conduzir esta Sessão Solene que homenageia uma pessoa que eu conheço desde os tempos de menino, lá na nossa Vila dos Industriários - eu morava na Emílio Lúcio Esteves -, onde chutávamos as nossas pedras, as nossas bolas, em toda aquela redondeza. Mas eu quero dividir este privilégio.

Antes de passar a palavra ao Ver. João Carlos Nedel, que falará em nome do PPB, eu convido o Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, nosso vizinho do Passo D’Areia, da antiga Vila Floresta, o Ver. Elói Guimarães, para que presida os trabalhos doravante, e o faça com a sua competência de sempre.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra, pela Bancada do PPB.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) E como eu defendo a família, gostaria de citar, Sérgio, todos os componentes da tua família, a esposa Paula, os filhos Vanessa, Michele, Marcelo e Vivian, o genro Daniel, a mãe Celita. Que orgulho dona Celita! Parabéns. A irmã Rejane, a cunhada Silvana, o afilhado Eduardo, a sobrinha Daiane e o primo Marco. Todos estão aqui, vieram-te homenagear; a prima Vera também, as duas. A Marisa também. Marisa, seja bem-vinda. Ele merece. Mas gostaria também de citar e homenagear o nosso querido Pastor Bohl da Igreja Evangélica de confissão Luterana no Brasil; a Dr.ª Maria Cecília Kother, Presidente da Fundação Irmão José Otão, e o seu esposo Rude Araújo Kother. O Padre Almarinho do nosso querido Amparo Santa Cruz, o Cidadão Honorário de Porto Alegre que muito honra esta Cidade, Engenheiro Eudes Mício, e o Sr. Hermenegildo Frasão, um dos empresários cristãos do ano da nossa ADCE, e que receberá brevemente desta Casa o título de Cidadão Honorário de Porto Alegre, já aprovado pela unanimidade dos Vereadores desta Casa. Amigos da ADCE, amigos do nosso homenageado, Senhoras e Senhores.

Represento, nesta oportunidade, o Partido Progressista Brasileiro, cuja Bancada tenho a honra de integrar, juntamente com os dignos Vereadores João Dib e Pedro Américo Leal - e também, muitas vezes, Beto Moesch aqui presente -, para manifestar solidariedade total à homenagem que hoje esta Casa presta a Sérgio Juarez Kaminski, por proposição de nosso prezado colega, Ver. João Bosco Vaz, a quem quero cumprimentar fraternalmente pela oportuna iniciativa. Mas, o faço, não somente na condição de Vereador, do que muito me orgulho, mas também, e de um modo muito especial e particular, como amigo, como companheiro de ADCE, da FEDERASUL e como irmão em Cristo de Sérgio Kaminski.

Minha convicção sobre a justiça da concessão do Título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Kaminski é de tal forma ampla que poderia dispensar as menções pessoais e bastaria ficar apenas no aplauso e na comemoração do fato, que implica alegria desmedida, não só para o homenageado, mas também para seus familiares e para todos os que, como nós, seus amigos e companheiros, o apreciam e admiram.

Entendo que devo aproveitar a oportunidade para ir além do arrazoado técnico e falar um pouco sobre a pessoa do Kaminski. A gente ouve, com muita freqüência, manifestações de pessoas, inclusive nesta Casa, aparentando grande preocupação com os problemas sociais e exigindo, dos governos e das autoridades especializadas, providências para soluções deste ou daquele problema que aflige a sociedade. Infelizmente, mesmo entre tais defensores da sociedade, é com freqüência bem menor que se vê alguém saindo do mero discurso para prestar uma efetiva contribuição para a solução de tais problemas. Sérgio Kaminski, homem de fé profunda e inabalável, defensor e propagador da Doutrina Social Cristã, é dessas raras e diferenciadas pessoas que põem em prática suas convicções, quer no campo religioso, quer no plano do trabalho e da vida prática e familiar. Afirma ele que a fé fortalece e encoraja a ir sempre em frente, confiante e sem medos, pois ela nos purifica nas derrotas e nos prepara para as vitórias. E assim como diz, faz.

Empresário, tem atravessado confiante e impoluto por todos os incontáveis óbices gerados pelos sucessivos altos e baixos da economia nacional e gaúcha. Mas, mais importante do que isso, é o fundamento dessa luta que tão denodadamente trava. Pois o faz porque acredita que a geração de oportunidade de trabalho é uma atitude cristã; porque acredita que gerar trabalho é acrescer à vida um componente básico de felicidade. Pai e esposo responsável, procurou sempre, junto com sua querida esposa Paula, passar a seus filhos uma escala de valores sadiamente cristã, preservadora da ética e da moral, resguardadora da família e, por extensão, da sociedade. Pessoa sensível, faz da amizade um traço de união forte e indelével na relação com as demais pessoas. E se sabe ser exigente nas cobranças de atitudes, sabe melhor ser grato pela ajuda e pelo ensinamento recebidos.

Dá para falar horas sobre o Sérgio, sem risco de repetição ou pleonasmo. Mas sei que isso o constrangeria, por lhe ferir a modéstia. Importante reafirmar aqui a minha admiração e a de meus companheiros pelo cidadão exemplar que ele é e dizer-lhe que a homenagem que hoje aqui recebe é apenas uma questão de justiça.

Aceita, Sérgio, este Título de Cidadão Emérito de Porto Alegre que, se te será honroso, também será motivo de orgulho para o Município e para o povo de Porto Alegre. Recebe, também, com a mesma alegria, a homenagem de teu padrinho de clube de futebol, Ver. João Antônio Dib. Que Deus Nosso Senhor te abençoe e te dê longa vida, juntamente com tua querida família, para que possas continuar espelhando, em todos os ambientes de que participas, o Cristo que tão bem vives no teu dia-a-dia. Parabéns! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Fernando Záchia está com a palavra pelo PMDB.

 

O SR. FERNANDO ZÁCHIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu imagino - não passei por essa sensação ainda - que hoje o Sérgio, como todos nós fazemos naqueles momentos mais difíceis que temos, naqueles momentos em que temos que tomar uma decisão, ao deitar, vai fazer uma reflexão. Nós fazemos má reflexão do andamento das nossas vidas, do momento que vivenciamos; das nossas angústias naturais como seres humano. Hoje, certamente, ao deitar, o Sérgio vai refletir sobre como lhe tem sido boa a vida. Numa bela e justa iniciativa do meu amigo João Bosco Vaz, a Câmara Municipal trouxe para cá,  para que pudéssemos votar, o Título para um cidadão que é de Porto Alegre, que nasceu em Porto Alegre, diferente do que acontece quando o cidadão é de outra cidade, havendo o reconhecimento natural pela Cidade que o acolheu; o Sérgio é um dos tantos que nasceu em Porto Alegre. Hoje à noite,  tu vais fazer a reflexão da importância da tua esposa, da tua família, dos teus filhos, da tua vida profissional, que foi difícil e dura, como a de todos nós, mas que venceu pela determinação, pela competência, pela qualidade, e do reconhecimento que recebe da sua Cidade.

Na medida em que votou e aprovou por unanimidade o Projeto de iniciativa do Ver. João Bosco Vaz, Porto Alegre reconhece as qualidades, a importância e a participação do Sérgio Kaminski no cotidiano da Cidade. Isso deve ser gratificante para todos. Nós temos trabalhado e nos dedicado pelos outros, assim como o Sérgio, que vocês conhecem melhor do que eu. Quando se faz isso e há o reconhecimento da Cidade de Porto Alegre, por si só já é gratificante.

O Kaminski foi o segundo lateral direito do futebol de várzea - acho que o primeiro fui eu, que pretensão! Conheci o Sérgio e tive a felicidade de conviver jogando contra ele no futebol de praia e várzea, mas algo me marcou em relação ao caráter do Kaminski. Ele tem a facilidade de ser amigo dos seus amigos, mesmo que tenhamos ficado muito tempo sem nos ver. Em 1988,  eu tive o primeiro e maior desafio da minha vida, eu assumi o Sport Clube Internacional para trabalhar no departamento de futebol, o que fiz com muito orgulho. Um dos primeiros, senão o primeiro, telegramas que recebi na minha casa ou no Internacional foi do Kaminski, dando-me apoio, força, dizendo que acreditava e confiava em mim, mesmo estando do outro lado. Era um amigo dando força para um amigo, porque o Sérgio sabia que aquele era um momento difícil, um momento em que precisamos encontrar força na ação de um amigo, mesmo que, naquele momento, pudesse estar um pouco mais distante. Esse é o caráter, o perfil, a grande qualidade do Sérgio. Quando ele tinha a utopia de querer comprar a FRANK, de dar esse passo, os seus amigos diziam: “Sérgio, é maior que as tuas pernas”, mas ali ele mostrava que não estava pensando somente na possibilidade de ter uma vantagem financeira, ele estava pensando na possibilidade de ajudar a construir Porto Alegre, estava pensando que poderia gerar empregos, estava pensando em ser um participante do crescimento desta Cidade, e esta Cidade, hoje, reconhece, acolhe e parabeniza o seu novo Cidadão, com muita justiça. Cumprimentos ao Ver. João Bosco Vaz pela iniciativa, e cumprimento, fraternalmente, o meu amigo Sérgio Kaminski, quando Porto Alegre e seus amigos estão aqui o saudando. Parabéns, Sérgio! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Convido o Ver. João Bosco Vaz, proponente da homenagem, para fazer a entrega do Título ao nosso homenageado. Convido também a mãe, a esposa e os filhos do Sr. Sérgio Juarez Kaminski para que venham até a Mesa.

 

(Procede-se à entrega do título.)

 

Passamos a palavra ao Sr. Sérgio Juarez Kaminski.

 

O SR. SÉRGIO JUAREZ KAMINSKI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Meus familiares, amigos, amigas que me dão alegria de estarem comigo repartindo esta homenagem.

Em 04 de fevereiro de 1949, tão somente com sete meses, nascia no Hospital Moinhos de Vento o primeiro neto de uma família do Bairro Navegantes. Até então, acreditem, o maior acontecimento nos Navegantes tinha sido a enchente de 1941.

Em fins de 1952, lá se foram para a recém-inaugurada Vila IAPI, o Sr. Kaminski, a Dona Celita e os filhos Sérgio, Celso e Rejane. Ao final dos anos 50 veio somar-se o Renato. Crescemos e curtimos as deliciosas fases da infância e adolescência lá no IAPI. Usávamos calça curta, suspensório e sapato com solado de pneu. Juntávamos osso, garrafa vazia e jornais. Da venda sempre resultava um montão de trocadinhos. Nos regalávamos comendo pão com banha quente. Ah! que delícia! Não é verdade minha mãe? Hoje, quase bisavó, a bisa Celita. Soltávamos pipa, lançávamos pião, jogávamos bolinha de gude e taco, andávamos de carrinho de lomba e deslizávamos pela grama de regatas. De tudo, o mais gostoso era jogar bola. Bola de pano, bola de borracha, bola de couro. Enfim, bola.

Minha instrução primária deu-se no G. E. Pe. Theodoro Amstad, lá no IAPI, onde até hoje se encontra a escola.

E lá se foi a criança... Ah! A infância. Como é bom, não mesmo Vivi?

O curso ginasial deu-se no Colégio Concórdia e o curso científico no Colégio Estadual Júlio de Castilho.

Aos domingos freqüentávamos as matinês dos Cines OK, Rei, América, Rosário, Eldorado, Orfeu, Colombo e outros. Antes e depois das sessões havia a tradicional troca de gibis. As coleções de revistas em quadrinhos desfilavam pelo saguão dos cinemas.

Em Janeiro de 1967, prestei exame vestibular para ingresso na Escola de Engenharia da UFRGS e da PUC. Tendo obtido resultados positivos, a opção lógica foi o curso gratuito da UFRGS. Em março iniciei o curso de engenharia civil. Inicialmente pensava ingressar no campo da geologia, fruto do grande prazer que sempre tive no trato com a terra.

Ah! E os embalos dos sábados à noite! As tradicionais reuniões dançantes nos centros acadêmicos, clubes e salões paroquiais.

Ah! Como esquecer da Glostora e do Lancaster!

E o São Paulinho? Que timaço nós tínhamos lá no IAPI!

Em 1968 perderam, Grêmio e Internacional, um futuroso zagueiro. Dos juvenis do Grêmio, treinado por Francisco Neto, passei direto para a titularidade na seção de arquivos e regra três como desenhista da empresa ESTACAS FRANK LTDA. Por lá já estavam minha mãe e meu pai. Afinal, criar quatro filhos...Ufa! Não é moleza não! O sonho de adolescente não se perdeu, e convidado por Abílio dos Reis, no mesmo ano, lá foi o zagueiro para o Estádio dos Eucaliptos. Estudar, trabalhar e jogar eram atividades impossíveis de conciliar. Passei a me dedicar ao curso de engenharia e ao aprendizado na área de fundações e obras de infra-estrutura. O zagueiro do futuro virou passado. E lá se foram o zagueiro e o adolescente...

Ah! A adolescência, como é bom, não é mesmo Vanessa, longínquo Marcelo e Michele?

Em 1971 concluí o curso de Engenharia!

Já em 1972, então com 23 anos, trabalhando no Rio de Janeiro, desenvolvi o projeto de fundações e infra-estrutura do Estádio Pinheirão, em Curitiba, me mantendo ligado ao futebol, não mais dentro do campo, mas agora em volta dele.

Ao final de 1972 recebi convite para retornar para Porto Alegre e aceitei voltar para a terrinha. Quando fui, fui só... quando voltei, voltei acompanhado e com o coração cheio de amor, não é mesmo Dona Paula?

A presente homenagem, antes de tudo, é um reconhecimento aos operários, funcionários e empresas da construção civil, especialmente aos engenheiros. Independente do calor, do frio, do vento e da chuva, lá estão eles liderando o processo de produção, de estradas, pontes, indústrias, hospitais, shoppings, saneamento, energia, água e moradia. Com competência, doação, perseverança e, sobretudo, e mais importante, amor à belíssima profissão de engenheiro. Ao longo dos anos, eles foram e são os verdadeiros construtores da nossa querida Porto Alegre. Eu cito algumas obras importantes: Nova ponte sobre o Canal São Gonçalo, em 1974, e a Câmara Municipal de Porto Alegre, em 1975.

A Casa que é ocupada, diariamente, pelos Srs. Vereadores, esta Casa, encontra-se edificada sobre o local que, antigamente, foi destinado para depósito das cinzas originadas da operação da antiga Usina do Gasômetro. As suas fundações, as fundações desta Casa, atingem uma profundidade da ordem de 17m, atravessando uma espessura de até 9m de camadas de cinzas. As obras tiveram início na gestão do querido Prefeito Telmo Thompson Flores, em novembro de 1975, e elas não tiveram continuidade.

Prosseguem as obras: Ampliação do glorioso Estádio Olímpico do Grêmio Futebol Porto-Alegrense, ampliação da Refinaria Alberto Pasqualini, instalação do III Pólo Petroquímico, a duplicação da travessia Guaíba, em 1980, a Sede do Complexo Administrativo da FIERGS - CIERGS, em 1984.

Em 1984, recebi convite para trabalhar em São Paulo, mas não fui. Saindo da FRANK, em 31 de outubro de 1984, junto com quarenta e sete companheiros, fundamos a SERKI, no dia seguinte, em 1º de novembro de 1984.

Seguem as obras: Hangar da VARIG e Centro Clínico do Hospital da PUC, Ginásio Municipal Tesourinha; Shopping Praia de Belas; Hospital Mãe de Deus. E lá vai o engenheiro. Shopping Lindóia; Elevada do Metrô em São Leopoldo; Shopping Iguatemi em Caxias, fábrica da Coca-Cola e da Brahma; ampliação do Shopping Iguatemi, em Porto Alegre; ampliação do Hospital Santa Rita da Santa Casa; Linha de Transmissão na travessia de dez quilômetros da Lagoa Mirim, entre Quinta e Santa Vitória do Palmar; Carrefour Passo D’Areia e Pavilhão de Exposições da FIERGS/CIERGS, no presente ano.

E lá se vão os anos, e, que bom, prosseguem os trabalhos. O trabalho é um componente básico da felicidade. É através do trabalho que o ser humano projeta sua dignidade, contribui para uma melhor qualidade de vida da sociedade, amplia seus talentos, torna-se útil à comunidade. Gerar, administrar e manter uma empresa é uma dádiva divina. A empresa não é tão-somente uma entidade econômica; é, antes, uma instituição social e humana. É nela que todos nós passamos o maior tempo de nossas vidas. É com ela que geramos o ganho do nosso sustento, enfrentamos desafios, realizamos sonhos e atingimos aspirações profissionais e pessoais.

À minha lembrança e homenagem a todos os colaboradores que estiveram comigo ao longo desse tempo que nos permitiu crescermos juntos, cultivando a dor oriunda do erro e a alegria advinda do acerto.

Muito se caminhou, muito há que se andar. E lá vai o homem.

Registro, com orgulho, alguns dados estimativos que quantificam o período de 1973 a 2000 das empresas FRANK e SERKI: quatro mil e quinhentas oportunidades de trabalho; três mil e oitocentas obras executadas; 400 milhões de reais de valor produzido; 10 bilhões de reais de patrimônio edificado sobre as fundações executadas; 50 milhões de reais de salários pagos; 65 milhões de reais de tributos recolhidos.

E lá se vão os números.

Exceção feita ao período do Curso Ginasial, toda a minha formação foi paga pelo ensino público.

Ao concluir o curso de Engenharia Civil, levei comigo tal dívida e acredito, firmemente, já tê-la resgatado em algum momento da minha atividade profissional ao longo dos últimos trinta anos.

Edificar quer dizer elevar sobre o solo, construir, criar, fundar. Com os Apóstolos, Cristo edificou a Igreja. No sentido figurado, significa induzir ao bem com bons exemplos.

Que bom que Cristo está comigo! Que bom que eu esteja com Ele. E lá vai o cristão...

Ah! E os meus queridos amigos. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor traz consigo o ciúme que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora com muita dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas, creiam, enlouqueceria se morressem todos os meus amigos.

Quero louvar a amizade em três grandes amigos. Em dezembro de 1999, abril de 2.000 e agosto de 2.000, eles nos deixaram. Foram cinqüenta e um anos de gratificante convivência. O primeiro, meu pai, foi o homem da minha vida. O tio Toninho, meu eterno padrinho. O tio Martin, o tio paizão.

Alguns deles, meus amigos, não procuro, basta-me saber que eles existem. Mas, por não procurá-los com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar!

A ocasião me oportuniza lembrar de todas as pessoas que me ensinaram e ensinam, me apoiaram e apóiam, confiaram e confiam na minha atividade. Lembrar todos que convivem comigo os bons e os maus momentos, daqueles que dividem os momentos difíceis e doloridos da derrota ou do erro. Lembrar dos poucos que dividem a busca da solução, onde ela, por vezes, parece não existir. Lembrar daqueles que perseguem devotadamente o melhor desempenho. Lembrar daqueles que fazem da derrota mais um degrau para a escalada da vitória. Lembrar do pessoal da SERKI. E aqui faço uma pausa para a saudade. E é com ela, a saudade de duas mulheres notáveis, que homenageio todos que me foram e são importantes, de modo especial meus familiares. Lembro das minhas avós, sim das minhas avós. A vovó pequeninha e a vovó grande. A vovó Augusta - mãe de meu pai, e a vovó Alzira - mãe de minha mãe. Ah! que saudades do bife, do pão caseiro, da galinha com massa aos domingos...Que saudades do afago, do carinho e da doçura que elas ofereceram para todos os seus netos... Que saudades da bronca, do castigo, da cinta de couro, da chinelada e do arremesso de tamanco... Que saudades! Que saudades! Olha aí vovó pequenina. Olha aí vovó grande. O netinho já é um cidadão... Atravessei Porto Alegre de leste a oeste e de norte a sul. Verão, outono, inverno e primavera, incontáveis vezes. Descobri praças, vielas, ruas e avenidas. Conheci parte da história da Cidade através de prédios históricos e todo o zelo para mantê-los; em outras vezes, presenciei a derrubada de obras com peculiaridades que encantariam aqueles que constroem. Integrei equipes que extinguiram cenários da minha própria infância e outras que construíram cenários para outras crianças e outros adolescentes.

Finalizando, trago para junto de nós o saudoso poeta Mário Quintana:

“Olho o mapa da cidade / Como que examinasse / A anatomia de um corpo.../ (É nem que fosse o meu corpo) / Sinto uma dor infinita / Das ruas de Porto Alegre / Onde jamais passarei... / Há tanta esquina esquisita, / Tanta nuança de paredes, / Há tanta moça bonita / Nas ruas que não andei / (E há uma rua encantada / Que nem em sonhos sonhei...) / Quando eu for, um dia desses, / Poeira ou folha levada / No vento da madrugada, / Serei um pouco do nada / Invisível, delicioso / Que faz com que o teu ar / Pareça mais um olhar, / Suave mistério amoroso, / Cidade de meu andar / (Deste já tão longo andar) / E talvez de meu repouso...”

Muito obrigado a todos vocês. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Rio-Grandense, que será interpretado pelo cantor Vitor Hugo.

 

(É feita a apresentação.)

 

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 20h53min.)

 

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